Soneto do amor derradeiro
- Ticiano Leony
- 23 de out. de 2021
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Atualizado: 24 de out. de 2021
Soneto do Amor derradeiro
Ticiano Leony
23/10/2021
Quando eu morri de um mal súbito
Depois da melhor arrelia da minha vida,
Do etéreo via meu corpo nu em decúbito,
Sem ter tido uma morte sofrida.
Real e cruel, com certeza, eu matuto,
Que deixar o corpo físico sem aviso,
É aliviar a alma do sofrimento bruto
Que corrói o amor com golpe impreciso!
Para mim então, tudo aquilo foi nada,
Depois das preliminares e dos gemidos.
Deixei a amada por mim sublimada
Desfrutar a beleza do gozo incontido
Mesmo ficando ela irresignada
Com saudades minhas, por eu ter partido.
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