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Poesia livre

Ticiano Leony

25 de outubro de 2019

Alguns poetas preferem a poesia livre. Poema sem métrica, sem rima, quase uma prosa. É poesia moderna que em vez de livre, seria “lisa” pois aceitam que feminino de poeta, seja poeta, não poetisa.

Poema sem métrica, sem rima, desconstruído, que, no entanto, jamais deixa de TER poesia. Nunca deixa de mostrar o mundo colorido.

Com singeleza, leveza, descomprometido,

sem se preocupar com a rima, porém sem deixar de SER poesia, de ter verso, sem reverso ou anverso, mostrar amor, destreza, encantamento... Poesia difícil de fazer, mesmo sem rima, exige do poeta tirocínio, refinamento, pois precisa muito para agradar ao leitor que a rima distrai sem merecimento.

Rimar não é coisa fácil de escrever!

Então escreva sem rima, é conveniente!

Mas quando se põe o poeta a escrever

livremente, percebe o quão difícil é

desconstruir o pensamento. Pedir socorro,

nem pensar. O desafio não é fazer poesia livre,

sem rimar? A poesia livre é dificílima de

memorizar, coisa que a rima ajuda, ao declamar.

E aí, sem métrica, com o chamado verso

de pé quebrado, em ser livre insisto,

e ao escrever, se só penso em rima, desisto.